A coligação Pernambuco Pode Mais, comandada pelo senador-candidato Jarbas Vasconcelos (PMDB), apresentou uma nova representação contra da Frente Popular de Pernambuco, do governador Eduardo Campos (PSB). É um pedido de investigação sobre possível cooptação de prefeitos da oposição pelo socialista. No documento entregue ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE), há uma série de documentos coletados, como o Diário Oficial e reportagens publicadas em blogs e jornais locais, que comprovariam a ação dos governistas em busca da adesão de lideranças ao palanque da Frente Popular.
O coordenador jurídico da coligação peemedebista, Lêucio Lemos, informou que reuniu dados sobre os repasses de recursos do governo estadual em 2009 e 2010 para nove prefeituras administradas pela oposição, cujos prefeitos passaram a apoiar a candidatura de reeleição de Eduardo. O advogado apresentou como o caso mais representativo o de Timbaúba, na Mata Norte. Em 2009, o município teria recebido R$ 287,1 mil da administração estadual e, em 2010 (entre janeiro e junho), R$ 1,7 milhão.
Na representação, a oposição apresenta Timbaúba como um município comandado pelo PSDB. Mas o prefeito é Marinaldo Rosendo, do PSB.
As outras cidades citadas na representação foram: Barra de Guabiraba, São Vicente Férrer, Araçoiaba, Lagoa de Itaenga, Palmares, Granito, Toritama e Serrita. A maioria delas teria sido beneficiada com convênios do governo do estado. A representação compara os investimentos recebidos por esses municípios com outros em que os prefeitos não aderiram a Eduardo: Moreno, Ibimirim, Abreu e Lima e Santa Maria da Boa Vista.
“Queremos que esses episódios sejam investigados. Comprovando-se que houve cooptação, pedimos a inelegibilidade, a cassação do registro do governador Eduardo Campos. Caso ele seja eleito, pedimos a cassação do diploma”, afirma Lêucio.
Esta é a segunda ação da oposição denunciando uma possível cooptação de lideranças políticas por Eduardo. A primeira foi relacionada ao prefeito de Araçoiaba, Alexandre Sobrinho (PMDB). De acordo com a advogada Virgínia Pimental, da Frente Popular, é o sétimo pedido de cassação do registro de candidatura de Eduardo.
“Nós ainda seremos citados. Vamos buscar informações oficiais para poder responder. Esse processo se trata de mais uma tentativa de a oposição construir um discurso para justificar a derrota na eleição”, disse o advogado Bruno Brennand, também da Frente Popular.
Por Andrea Pinheiro, do Diario de Pernambuco, com informações do repórter Jailson da Paz
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Oposição pede cassação do registro de candidato de Eduardo
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