Nesta quarta-feira, a paralisação chega ao 15º dia, com mais de oito mil agências bancárias afetadas.
Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), pela proposta o aumento real será de 3,08% para quem ganha até R$ 5.250. Já aqueles com salários acima desse valor podem optar pelo mais vantajoso: aumento fixo de R$ 393,75, ou 4,29% a título de reposição da inflação. Em geral, os 7,5% também serão aplicados nos benefícios, como vale-refeição e outros.
Para o piso salarial, a proposta é elevar de R$ 1.074,46 para R$ 1.250, reajuste de 16,33%. A Participação nos Lucros e Resultados (PLR), que tem regra básica de 90% do salário mais adicional, terá 14,28% de aumento no adicional, com teto ampliado de R$ 2.100 para R$ 2.400.
- A proposta avançou. Tem aumento real maior, valorização do piso e melhora no adicional da PLR - destaca o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, lembrando que a proposta será avaliada pelos trabalhadores em assembleias em todo país nesat terça-feira.
- A expectativa é boa. Mas até lá, o movimento será mantido - afirmou o dirigente sindical.
Além da discussão específica sobre a convenção coletiva de bancos públicos, como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, as partes negociaram nesta segunda-feira cláusulas sobre fim do assédio moral e maior segurança nas agências. A Fenaban confirmou, em comunicado, que a nova proposta apresentada na reunião tem como objetivo "o fechamento da convenção coletiva 2010/2011". Com data-base em 1º de setembro e em greve desde o último dia 29, a categoria, que a princípio reivindicava 11% de reajuste, rejeitou a proposta de 6,5% que os bancos apresentaram no sábado. A primeira oferta, que levou os bancários à paralisação, era repor a inflação em 4,29%.
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