O supervisor de vendas Rogério Damascena, 29 anos, assassinou a esposa, a advogada Renata Alexandre Costa Coelho, 25, o chefe dele e padrinho do casal, Marcelo Guimarães, 40, e se matou com um tiro na testa, na madrugada deste sábado (18). O irmão da noiva, Tiago Guerra, ficou ferido. O crime aconteceu no condomínio Casa Grande de Aldeia, no quilômetro 14 da estrada do bairro, em Camaragibe, no Grande Recife, durante a festa de casamento do casal, que havia realizado a cerimônia no civil na última sexta-feira (17). Rogério Damascena chegou a ser internado no Hospital da Restauração (HR), mas não resistiu e teve morte cerebral na manhã deste domingo (19). O enterro dele será realizado nesta segunda (20), no cemitério Parque das Flores, em horário não informado. Tiago Guerra foi atendido no Hospital Santa Joana e já teve alta. Segundo testemunhas, a festa transcorria normalmente até o momento em que o noivo dirigiu-se à caminhonete do pai, onde supostamente estaria a arma. A polícia assegura que houve premeditação. "Ele chegou e anunciou que todos teriam uma surpresa. O cenário revela um quadro técnico de premeditação, tanto é que havia uma arma no veículo e ele, em algum momento da festa, passou a portá-la. Ele premeditou de modo calculado, para que isso acontecesse posteriormente a ter sido realizado o casamento civil, não há dúvida", diz o delegado João Brito, que registrou o flagrante no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Até o momento, a única pessoa ouvida foi o pai do noivo, segundo o delegado. Todas as demais testemunhas estão sem condições de prestar depoimento e a polícia aguardará mais alguns dias para dar início às ouvidas. A caminhonete do pai e o carro (foto 2) onde o noivo foi levado para o HR já foram periciados e acredita-se que a arma do crime seja uma pistola calibre .380. Essa arma segue desaparecida. O delegado informou que já solicitou à administração do condomínio onde estava sendo realizado o casamento as imagens das câmeras de segurança. Sobre o que teria motivado os homicídios, João Brito é cauteloso: "É muito cedo pra falar em motivação. É preciso respeitar as famílias", resumiu. O prazo para conclusão do inquérito é de 30 dias. Os corpos de Renata e Marcelo foram encaminhados para o Instituto de Medicina Legal (IML); um advogado da família dela esteve no local para cuidar da liberação do cadáver e o enterro aconteceu na tarde deste domingo, no Cemitério de Santo Amaro. A irmã da noiva, Lúcia Helena Coelho (foto 3), não estava mais na festa quando os crimes aconteceram. Tão chocada quanto os demais parentes e convidados, ela afirmou que não existe a menor hipótese de crime passional. "Não teve nada de passional. Minha irmã era uma pessoa maravilhosa, que amava e queria ser amada. Ele estava feliz, ela estava feliz, a festa estava linda. A família dele adorava ela e está sem entender nada. Ele se revelou um sociopata, que enganou a família inteira. Matou o melhor amigo dele, o chefe, que estava lá com a esposa e foi o padrinho do casamento", disse.
FONTE 36O GRAUS
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Noivo mata Noiva, e mais dois e se mata durante festa de casamento
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