GIULIANA VALLONE
DE SÃO PAULO
Os produtos Gradiente voltarão ao mercado no segundo trimestre deste ano, após quatro anos da interrupção da produção da marca e alguns adiamentos no prazo.
De acordo com o presidente da IGB Eletrônica (antiga Gradiente), Eugênio Staub, a marca ressurgirá com um faturamento inicial esperado bem abaixo do já registrado pela empresa.
"O plano de negócio é muito conservador, a empresa não está buscando a fatia que tinha antes no mercado, pelo menos nos primeiros anos", afirmou, em teleconferência com jornalistas.
A marca será operada agora pela CBTD (Companhia Brasileira de Tecnologia Digital), cujo controle será divido entre os atuais acionistas da IGB e o Fundo de Investimento em Participações Enseada, que injetará R$ 68 milhões na nova companhia.
O FIP é composto pelos dois fundos de pensão de estatais Petros (da Petrobras) e Funcef (Caixa), pela agência de fomento Afeam, do Amazonas, e pela fabricante de componentes Jabil, dos EUA.
Uma vez feito esse aporte, o fundo terá 60% da nova empresa. Os outros 40% serão da HAG (Holding dos Acionistas da Gradiente), que será controladora da IGB.
Até março, a HAG entrará com pedido de registro de companhia aberta na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e, em seguida, de um registro de oferta pública de ações (OPA).
A oferta vai permitir a troca dos papéis da IGB por ações da HAG, na proporção de uma ação da primeira por dez da segunda. A operação, porém, vai exigir o pagamento de R$ 0,025 a cada ação emitida. Assim, quem adquirir, por exemplo, 1.000 ações da companhia, terá de pagar R$ 25, disse Staub.
DÍVIDAS
A IGB arrendou a marca Gradiente e outros ativos à CBTD. Com isso, pagará integralmente os R$ 389,6 milhões em débitos com credores, além de uma dívida de R$ 91 milhões com a Receita Federal.
A empresa conta ainda com o recebimento de até R$ 235 milhões em processo contra a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus).
Colaboração: Wendell Galdino.
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