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21 de dezembro de 2015

Doze municípios têm água dois dias no mês no Agreste de Pernambuco TORITAMA

Desde o mês de agosto, doze municípios de Pernambuco têm água apenas dois dias no mês e ficam 28 sem abastecimento. A água é captada da barragem de Jucazinho, em Surubim, no Agreste, que está no volume morto - com 2% da capacidade, o que equivale a 6,4 milhões de metros cúbidos. A capacidade total da barragem é de 327 milhões de metros cúbicos. A Companhia Pernambucana de Saneamento informou que a água deve durar até março de 2016. Aproximadamente 300 mil pessoas são atingidas pelo rodízio.Os municípios que são abastecidos dois dias no mês são: Surubim, Salgadinho, Santa Maria do Cambucá, Frei Miguelinho, Vertentes, Vertente do Lério, Toritama, Cumaru, Passira, Riacho das Almas, Santa Cruz do Capibaribe e Casinhas.O gerente regional do Alto Capibaribe da Compesa, Mário Heitor Filho, disse ao G1 que o rodízio é realizado porque "a retirada [de água] está reduzida e temos que prolongar ao máximo a vida útil da barragem". A mudança se deu por conta da pior seca dos últimos 50 anos em Pernambuco, o que provocou a estiagem em Jucazinho, segundo a Compesa. De acordo com a companhia, a vazão da barragem caiu de 1,8 mil litros por segundo para 200 litros por segundo.
Mário Heitor explicou que os municípios passaram mais de quinze dias sendo abastecidos por carros-pipa enquanto a obra do volume morto não era concluída. "O abastecimento hoje é feito pelas torneiras e quando não conseguimos abastecer fazemos o complemento por carros-pipa. Algumas áreas recebem água nas cisternas", explicou o gerente.
Construções submersas aparecem
Construções e árvores que estavam submersas voltaram a aparecer na Barragem de Jucazinho, em Pernambuco. Por estar no volume morto, a barragem deixou de abastecer os quase 500 mil habitantes - conforme estimado pelo IBGE - de Caruaru, Gravatá e Bezerros, segundo o coordenador de produção do Sistema de Jucazinho, Clodoaldo Veloso. Outros 12 municípios continuam recebendo água do manancial, em forma de rodízio.

Quem morava na comunidade inundada fica triste em ver a atual situação do reservatório. "Nós nunca pensamos em ver as casas descobertas. Mas aí a seca foi grande, cinco anos sem chover muito aqui, né? É uma tristeza para todo mundo, pois está todo mundo sofrendo sem água", lamenta o encanador Carlos Roberto Rocha de Lima, de 45 anos.

DO G1
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