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14 de janeiro de 2016

Santa Cruz do Capibaribe e Riacho das Almas terão o abastecimento suspenso



 Sem registro   de chuva  na bacia do Capibaribe ,que alimenta a Barragem de Jucazinho, em Surubim, o manancial vem  perdendo nível a cada dia. Para  continuar retirando água  do volume  morto do reservatório, a Compesa  irá realizar nova intervenção na barragem. Para isso, será necessário paralisar o Sistema  Jucazinho amanhã (14) ,a partir das 06h,por  48  horas. A previsão é que que o sistema  volte a funcionar sábado (16), a partir das 06h  e  durante esse período será  preciso suspender o abastecimento de água para  as cidades de Santa Cruz do Capibaribe e Riacho das Almas, que pelo  calendário vigente, os municípios  deveriam receber água nessa data. Com o Sistema Jucazinho desativado, os técnicos da  Compesa irão  montar uma balsa flutuante, uma estrutura que irá  permitir a  captação  da água do ponto mais profundo da barragem. A iniciativa irá prologar  a retirada de água por mais dois  meses, evitando o colapso do abastecimento  para  12 cidades do Agreste atendidas pelo  Sistema de Jucazinho. Desde novembro do ano passado, o volume morto estava sendo explorado  por meio de uma bomba instalada de forma provisória. Com a redução do nível da barragem,  a bomba  será remanejada  para a balsa flutuante.
                         
                       A estratégia da balsa flutuante será o último recurso  para a exploração da água disponível da Barragem de Jucainho, um volume de  5,8 milhões de metros cúbicos de água e continuar abastecendo  as 12 cidades  do Sistema Jucazinho. Se não chover  até março, a barragem entrará em colapso. Com a  capacidade  de armazenar  327 milhões de metros cúbicos, Jucazinho está hoje com apenas 1,8  % do seu volume total.  Enquanto espera  a chuva, a  Compesa  irá administrar a distribuição de água  para as cidades de Cumaru, Passira, Riacho das Almas, Santa Cruz do Capibaribe, Salgadinho, Surubim, Casinhas, Santa Maria do Cambucá, Vertente do Lério, Frei Miguelinho, Vertentes e Toritama  com uma vazão de 250 litros de água por segundo. “Temos esperança que chova nos próximos meses e que  Jucazinho consiga recuperar o seu nível  para que  possamos  melhorar a distribuição de água  nessas cidades”, apela o coordenador técnico da Gerência Regional do Alto Capibaribe, George Ramos.
                        
               
             A  Barragem de Jucazinho   vive o seu  pior cenário  desde a sua inauguração, em 2000. Não  tem chovido o suficiente para  recuperação do nível do manancial, desde 2011,  reflexo  de cinco anos consecutivos de seca na região. A exploração do volume morto de Jucazinho  está  sendo possível graças ao planejamento rigoroso e à gestão  do manancial desde o início da sua operação. Foi criado um Centro de Controle Operacional (CCO)  na cidade de Caruaru para acompanhar , diariamente, as condições e a operação da barragem. A Compesa adianta  também que, desde 2013, a vazão e retirada da água de Jucazinho vem sendo monitoradas por hidrólogos do Banco Mundial, mediante  o Programa Monitor de Secas, desenvolvidos em áreas  atingidas por estiagem, como o Nordeste do Brasil e áreas do México, Estados Unidos e Espanha.
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