O prefeito de Catende, Otacílio Alves Cordeiro, perdeu o direito à prisão domiciliar e segue nesta quarta-feira (13) para o Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel). Ele teve a prisão decretada no dia 21 de junho durante a Operação Tssunami, que investigou uma associação criminosa responsável por lavagem de dinheiro na prefeitura da cidade de Catende, Mata Sul do estado, irregularidades com dinheiro público, falsificação de documentos. Pelo menos R$ 5 milhões teriam sido desviados.
A revogação foi determinada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). De acordo com a delegada responsável pelo caso, Patrícia Domingos, essa decisão se justificou na medida em que Otacílio manteve, por diversas vezes, a tornozeleira descarregada, o que impede a localização do preso pelo sistema. "A condição que se impõe é ter sempre a tornozeleira carregada e ele manteve por várias horas e várias vezes desde o dia 21 de junho, descarregada". O prefeito segue no Cotel em prisão preventiva, a menos que os advogaos consigam reverter a situação junto ao Tribunal.
Na ocasião em que a operação foi deflagrada, 11 mandados de prisão preventiva foram expedidos e 21 de busca domiciliar e oito de condução coercitiva realizadas. Somente na casa do prefeito Otacílio Alves foram encontrados R$ 758.437 em dinheiro e uma barra de ouro no valor estimado de R$ 40 mil. Policiais civis também estiveram na fazenda do gestor, em Quipapá, onde contraram 12 armas, sendo sete espingardas, dois revólveres e uma pistola.
Otacílio Alves foi afastado do cargo por 180 dias, mas obteve o privilégio de prisão domiciliar. O caso está com a Delegacia de Crimes Contra a Administração e Serviços Públicos (Decasp) O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) não deu detalhes do caso, alegando que ele corre em segredo de justiça.
Do Diário de Pernambuco
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